Vagando, passos curtos, cansados, pés machucados e com cicatrizes recém-curadas.

Escuridão, vazio, oco.

Anda em direção à algo que não se sabe. Há um fim? Existirão buracos pelo caminho? Simplesmente continua, em busca de um “sei-la-o-que”.

Me sinto perdida, não sei muito bem o que vim fazer aqui. Acho que é normal do ser humano questionar sobre a sua “missão” nessa “coisa” chamada vida. Sempre precisei sentir, seja dor, seja alegria…é meu combustível, quase um alimento pra alma naturalmente insatisfeita, que necessita constantemente estar sentindo pra aparentar viva.

Esse mistério do que estar por vir é excitante e assustador. Quando há estabilidade demais gera um terrível incômodo. E como um ser frágil, quase desfalecido, buscando ar pra preencher os pulmões debilitados, meu subconsciente produz um terremoto pra sobreviver, que apesar de trazer consigo consequências nem sempre boas, no fim, há risos e um prazer inigualável. Alerta, to viva.

Muita força, energia, intensidade… tamanha que o corpo quase nunca suporta e se sente exausto. Como canalizar à fim de ser produtivo, positivo e estimulante? É o que eu me pergunto diariamente…

Já tentei recorrer a vários métodos, válvulas de escape, para aliviar essa ansiedade que assombra. Algumas tentativas bem sucedidas, outras nem tanto, por isso continuo buscando alguma coisa pra preencher. Falta descobrir o que é.

Infelizmente sou mutável demais. Isso não é bom quando se tem objetivos e planos pois um desejo estúpido pode fazer perder o foco. Sou compulsiva, por aprender, amar, rir, gozar…

Um manual de instruções, por favor?

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